Sucumbem as horas desfiguradas na tarde
Andorinhas campeiam os últimos raios de luz
A tez da paisagem entorpecida se enrubesce
Sinos roucos dobram exortando a Jesus

A minha alma bebe toda solidão do mundo
Uma fina nostalgia me castiga como açoite
As dinâmicas que governam o silêncio, 
Já estendem o tapete de sombras da noite

Os elementos naturais em mim se fundem
Tenho nos braços o corpo do sol agora morto
Sou árvore, acolho aves que fogem do escuro

Nesta hora, como se fosse uma estrela pequenina,
O meu espírito, se acende, como um vaga-lume
A iluminar os caminhos, improváveis do futuro!
Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 06/09/2013
Reeditado em 13/10/2021
Código do texto: T4470000
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