REMIDA
Ao ver teu rosto assim caído e triste,
como de um enlutado, inconsolado,
me dá vontade de estar ao teu lado
ao ver que esta tristeza inda persiste.
Mas teu coração aviltado insiste
em não se abrir como o dia ensolarado
fica punido-se do teu pecado,
mas pecado em ti já não existe.
Ergue, amor meu, a tua cabeça,
não deixa que teu corpo desfaleça,
e caia no marasmo, na vil melancolia.
Então, criança, bom é ver-te contente,
e ter no rosto teu o brilho ardente
Do sol que a escuridão já consumia.
(YEHORAM)