SEARAS

Ah, neste coração, teu manto, abrigo,

convertes joio sujo em puro trigo

e nas manhãs, libertas em revoadas

centenas de avezinhas encantadas.

Contentes, elas saem coroando

o céu de minha vida ao léu sonhando

e lançam sobre o chão sementes raras

que brotam ternurinhas nas searas.

As aves tão alegres, pequeninas,

nas asas, quentam, vibram dias meus

em sóis de esplendorosas sinfonias.

Tomara que manhãs assim meninas,

de mim, jamais se apartem, luzam breus.

Eu não suportarei mais noites frias!

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 16/09/2013
Reeditado em 16/09/2013
Código do texto: T4483854
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