estrela estrada porta estreita

na parede muito branca

é pálida lembrança

um beijo uma frase manchas

que o olhar esconde e conserva

no espelho escuro e cego

(como todo espelho) um outro rosto

assume os contornos o rascunho

dessa infinita saudade

perguntas rondam o pescoço

nenhuma certeza socorre o afogado

e assim nascemos e morremos sem saber

que ainda somos a estrela iluminando

a estrada onde os erros se repetem

e a porta estreita que nunca se fecha

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 04/10/2013
Reeditado em 11/03/2021
Código do texto: T4510464
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.