RASTROS NA POEIRA

Eu desenhava meus rastros

Naquela poeira vermelha

Caminhando para a escola

Uniforme surrado e gasto

Levava numa capanga

Um lápis e um caderno

Tinteiro e mata borrão

Merenda goiaba e manga

Quando voltava faminto

Ainda tinha uma obrigação

Pastorear uma porcada

Criados a solta nos brejais

As margens do rio picão

Tempo bom que não volta mais!

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 10/10/2013
Reeditado em 10/10/2013
Código do texto: T4519175
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