A Caneta

Da sua ponta escorre a tinta.

De sua tinta faz mistério...

E o que escreve parece tão sério

Que não existem dúvidas que minta

Se as palavras que transcreve

São sinceras e latentes,

Não pode ferir tanta gente,

Que sonha, labuta, se atreve.

Porém, não tem vida própria;

Não pensa, não anda, nem atura;

Tampouco compaixão e ternura.

Quem lhe manipula textos e torturas

E a faz transmitir covardia,

Quem, senão, a mão que a segura!

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Valdir Gomes
Enviado por Valdir Gomes em 11/10/2013
Código do texto: T4520591
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