soneto para neruda

de tuas cálidas distancias

da ternura viva em ti como um abismo

de tuas rosas de sangue e aurora

de tuas perdidas lembranças

de tua voz viola e lua

do punhal doce de tuas palavras

clara noite gema do dia

da carícia de tuas esporas

de teu exílio de teu zênite

primavera de tua casa aquecendo

os heróis tristes todos os desolados

de teus olhos vasto refúgio

onde crepitam lutas luto e luzes arcabuz e arcabouço

de um mundo moldado em esperança

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 13/10/2013
Código do texto: T4523103
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