(Pense n'eu!)

Tua ausência só me dói de vez em quando:

nos momentos em que lembro a pureza

do sentir tão bruto (breve!) e, com certeza,

nos atalhos dos caminhos em que ando...

(Pois que estive, por amor de ti, doente:

eu andei por becos, nua, embriagada

dos teus olhos, boca, mão, condão de fada...)

Tua ausência mais parece dor de dente!

Os maus dias em que lembro tua falta

incomodam como as luzes da ribalta

fazem mal a quem se mostra em timidez...

Noutras horas sou feliz. É justo assim

que me pego repetindo (só para mim):

tua falta 'inda me dói de quando em vez.

Gina Girão
Enviado por Gina Girão em 16/10/2013
Reeditado em 09/12/2013
Código do texto: T4527642
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