Centésimo Soneto... Luvas de letras

A escrita é a arte que o sentir movimenta

O magma da alma é a alforria que sustenta

No dia ou noite a pulsante poesia desvenda

A lágrima é estrela iluminada da oferenda.

Olhei água transmutada em oásis no pranto

No lago fui deusa livre na estrofe do acalanto.

Na emoção sentida uma passageira da fortuna

No afago do universo, senti o presságio das runas.

Andei no silencio e na areia fina do deserto

Luvas de letras vesti com alma em evolução

Escondi um soluço, o mito na paz do coração.

Foi franca a paixão ao verbo meu amuleto

Verteu a palavra no meu centésimo soneto

No movimento do éter o meu verso liberto.

Marli Franco
Enviado por Marli Franco em 16/10/2013
Código do texto: T4528767
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