SÍNDROME DE ESTOCOLMO.
Final de madrugada, serpenteando pela calçada;
No céu, a lua já morta;
Nenhuma silhueta atrás da porta;
Vou revendo o dia e suas ciladas.
De repente no escuro, me rendo a uma voz rouca e forte;
Sou jogada contra o muro e me entrego ao momento e a sorte.
Deus pudera eu reagir ao corpo que me aperta e domina!
A arma não me assusta; ao contrário, me fascina.
Roubaram-me o anel e a paz que eu tinha.
Retorno às madrugadas e sempre sozinha.
Tenho mais mil anéis e pulseira de rubis são seis;
Tenho uma alma inquieta e um coração maluco;
Tenho as madrugadas sem lua e um desejo oculto:
Por favor, me sequestre outra vez!