PESADELO

Do chão brotam sonhos feridos,

sangrando doída ilusão,

torturados na insana razão,

pelo muitos corações traídos.

Das janelas, olhos pendurados

buscando na multidão invisível,

parceiros para serem curados,

da solidão, doença incurável.

Um barulho distante, atrevido,

do pesadelo salto desperto,

do despertador resta o zumbido.

Meus sonhos, salvos, estão comigo.

Do pesadelo estou liberto,

volto a dormir, pois é domingo.

Poeta da Periferia
Enviado por Poeta da Periferia em 18/04/2007
Código do texto: T454406