FLORINEZ

Ouvi um cântico à bela Inês,

que morta foi ainda mais linda;

No canto do gênio português,

em versos de beleza infinda.

Ouvi Bilac exaltar-te, última flor!

quase morta mas ainda exultante;

num parto fúnebre... e indolor,

inverso da Inês do grande infante.

Semimorta ainda te vejo, última flor!

E sofro por me faltarem dos gênios;

a bela arte e o grandíssimo pendor.

Que os tivesse eu e com certeza,

meu canto a ti soaria por milênios,

pois morta vives, em eterna beleza!

Araken Brasileiro

ARAKEN BRASILEIRO
Enviado por ARAKEN BRASILEIRO em 01/11/2013
Reeditado em 07/01/2023
Código do texto: T4552032
Classificação de conteúdo: seguro