LABIRINTOS

Tantas vezes tento buscar o que é mais justo
Para trazer junto ao papel, que é o fim de tudo,
E passo longe, caio no escuro, que até assusto,
E volto como Ariadne pelo fio que é mudo.

Nessa hora recomposta, doce gosto é o absinto,
Tudo aquilo que foi guardado em todo corpo,
De imediato para o interior do labirinto,
É a direção e o caminho por seguir (e não há outro,)

E na emoção do afã à descoberta iminente,
Nada há nas mãos, ficou lá atrás criativo fio,
Que serviria caso seguisse diferente,

O caminho iluminado à luz do pavio
Que à visão mostrava parcos metros à frente;
E ao outro passo, faz-se um clarão, e a luz se viu.


José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 19/04/2007
Reeditado em 19/04/2007
Código do texto: T455230
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.