MARIA FUMAÇA
Tu eras Maria, tão cheia de graça.
Na tenra infância, Maria Fumaça.
Partiste um dia virando passado,
o tempo antigo, o tempo expirado
Tu eras encanto de fogo ardente,
a escura noite sulcando fulgente.
Nos alvos dias, com negra fumaça,
riscavas o céu, tão cheia de graça.
Um dia partistes o tempo levando.
Deixaste atrás um sonho pendente,
de menino, apenas, ainda sonhando.
Maria Fumaça, de um tempo alegria.
Tão cheia de graça, sonho-pingente.
De ti Maria, restou apenas a nostalgia!