Pesar do Morto

Quando fores morrer, ó bela generosa,

Em teu sevo e marmóreo sepulcro, então

Trazeres por cela e jazigo o mal sem perdão

Uma sepultura deserta e uma campa arenosa.

Quando o seixo apertar tua carcaça manhosa

E teus declives carnais de langue combustão

E os vermes comerem então teu coração

E o diabo te levar por uma trilha tortuosa.

O sepulcro em pesadelo sem abono

Como num buraco que não tem fim

Nas noites intermináveis sem sono.

Cortesã maldita de Lúcifer no carbono

Dos mortos ignorar o ídolo de marfim

E o verme vai devorar teu ódio sem dono.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 19/04/2007
Reeditado em 30/09/2008
Código do texto: T455502
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