Sepulcro das Paixões

Com aflição na aresta do meu coração

Repasso a fantasia que nunca realizarei

Carinhosa a quimera que despertarei

Proibida nas armas da consumisão.

Mas a idolatria, sendo amor, é trapaceira

Doma a fera que há no peito do amante

Mata e consome a existência errante

Da aparição da mais formosa guerreira.

E na minha pugna contra todos e o mal

Enraizado no âmago do poeta insurgente

Nos versos a minar o coração anormal.

Vai ceifando a pessoa tão presente

E o que sobra da paixão vil e irreal

Só a dor que é a sepultura demente.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 19/04/2007
Reeditado em 30/09/2008
Código do texto: T455955
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