IMPOSSÍVEL

Eu quisera voltar, voltar outrora,

quando da vida ainda ensaiava os passos,

revivendo a doçura de uma aurora

infantil, já perdida nos espaços.

No suave aconchego dos regaços,

não calarei a minha voz que chora,

nem mais terei nos dias meus os braços,

que me embalaram, docemente, outrora.

Eu quisera voltar e a minha vida

recomeçar, dos erros redimida,

longe da dor amarga dessa hora.

Mas, só, além do meu presente impuro,

existirão as trevas do futuro,

e mais saudades do que fui outrora.

hortencia de alencar pereira lima
Enviado por hortencia de alencar pereira lima em 18/11/2013
Código do texto: T4576358
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