O RATO QUE ROEU
 A ROUPA DO REI DE ROMA!
Odir Milanez
 
 
Um ratinho roeu, do rei de Roma,
um majestoso manto ornado a ouro.
Ao ver o rombo, o rei entrou em coma:
reles rato roendo o seu tesouro!
 
Um mago vem o ver. Seu pulso toma.
Acorda o rei, e o mago, infame mouro,
mete o manto real numa redoma,
da redoma se apossa e dá no couro!
 
Notando o roubo, à lei o rei recorre:
“Matem todos os ratos, morte aos magos!”
Soam sinos. O edito o reino corre.
 
Até hoje, no reino há tais estragos.
A cada instante, um rato magro morre,
inda morrem, aos montões, os ratos magros!
 
 
JPessoa/PB
18.11.2013
oklima

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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos sem nexos...

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Trago do site "Poesia Pura"  essa interação do poeta Fernando Cunha Lima, primo-irmão:

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EDITOS DO REINO REAL

Por já não ter na corte mais comida,
um rato magro, assaz desesperado,
ficou feliz da vida com o achado:
roeu do rei a manta preferida.

Dando o maior chilique desta vida,
o rei se foi caindo, desmaiado.
Um Mago, que reinava em seu reinado,
Tratou de mitigar sua ferida.

Editou seus editos e decretos
sacramentados em serões secretos,
para serem cumpridos sem acordos.

Isto causou na corte um alvoroço:
morriam os ratos que só tinham o osso,
mas riam, junto ao rei, os ratos gordos.

Fernando cunha lima,

 19-11-13

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Sem sonhos, ninguém.
Com um sonho, homem.
Com mil sonhos, poeta.
 


 
oklima e Fernando Cunha Lima
Enviado por oklima em 19/11/2013
Reeditado em 19/11/2013
Código do texto: T4576762
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