Mata-me Puro Amor, Mas Docemente

Mata-me puro Amor, mas docemente,

Para que eu sinta as dores que sentiste

Naquele dia tenebroso e triste

De suplício implacável e inclemente.

Faze que a dura pena me atormente

E de todo me vença e me conquiste,

Que o peito saudoso não resiste

E o coração cansado já consente.

E como te amei sempre e sempre te amo,

Deixa-me agora padecer contigo

E depois alcançar o eterno ramo.

E, abrindo as asas para o etéreo abrigo,

Divino Amor, escuta que eu te chamo,

Divino Amor, espera que eu te sigo.

José de Abreu Albano
Enviado por Américo Paz em 22/11/2013
Código do texto: T4581258
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