HOJE, QUE TE PERDI...

Hoje, que te perdi e, impiedosamente,

Abriu-se entre nós este cruel abismo,

Que bom seria chorar tão copiosamente,

Gritar alto ao mundo o meu inconformismo;

Hoje, que te perdi e, dolorosamente,

Fugiu, do meu poema, a parte do lirismo,

Eu bem queria gritar em voz fremente

Que te perdi por causa do meu egoísmo...

Mas não há choro, nem grito e nem nada;

A emoção em mim já tão adormecida,

Fez-se num silêncio como eu nunca vi.

Meu coração, tal nave abandonada,

Perdeu-se ao léu da minha própria vida

E nada mais importa, hoje, que te perdi...

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Agradeço a interação do meu grande amigo de poesias

RONALDO TRIGUEIROS LIMA

Niterói/RJ - Brasil, 01/12/2013

Dizer de amor é sonetar o triste,

é cantar o sopro que não consiste,

vento que não embala o florescer.

É ferir a alma com sangrar da palma,

morrer de dor em pleno alvorecer.

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Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 25/11/2013
Reeditado em 01/12/2013
Código do texto: T4586495
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