Amor de Outrora

Que doce bela! Amena, se venera

Um gesto, em estro, brado em calmaria...

É a mais linda, mais meiga desta era...

Que com cantos suspirou-me alegria!

Doces palavras que um dia eu quisera;

À brisa, em relva, ou ao nascer do dia...

Bem quisera eu na ornada primavera...

Um beijar teu em sonho d’harmonia!

Se o rosto não me sai do pensamento,

O que mais vale a mim aquele tanto

De carinho e de amor desta princesa?

Legado a mim como poeira ao vento,

É nesta hora que me volta o acalanto...

De um passado amoroso de proeza!

Carmo de Oliveira