( Eu e meu esposo Narcísio, há mais ou menos uns 12 anos atrás)


Pudera...
 
 
Ah! Pudera voltar lá no passado!...
Sentar-me-ia com ânsia no gramado...
O mesmo onde deitada no teu colo
ouvia de algum pássaro o seu solo.
 
Na encosta esmeraldina bem ao lado
a velha árvore, a grota, o descampado...
 moldura que em lembrança hoje aureolo;
como saber se foi meu ou teu esse dolo?
 
O que sei é que o passado em mim cicia
e sinto o solfejar que acaricia
esse presente tão triste e tão amargo!
 
E assim entre a esperança e meu letargo
vou vivendo mi’a vida a cada encargo;
e a lembrar, o passado me amacia...
 
 

 
Queridos amigos recantistas, estou em falta com todos vocês, mas ainda estou numa correria danada e não tenho tido muito tempo para estar aqui e visitar vocês. Ando também muito cansada. Me perdoem por favor. Hoje por um lapso de momento, fiquei lembrando o passado e então ele me inspirou este soneto e corri aqui para postar. A foto é a imagem desse passado do qual sinto saudade e que nunca mais voltará. O soneto diz tudo que sinto. Se o passado não pode mais voltar, estou lutando para mudar o presente, mas não tem sido fácil porque ele não depende só de mim. Falo de meu esposo alcoolatra. Porém, tudo o que sei é que nada é definitivo e que tudo vai passar. Não sei se pra melhor ou pior. Fico na esperança. Muitas saudades de todos vocês. O Recanto é meu divã, porém nem deitar-me nesse divã estou conseguindo. Mas me aguardem. Voltarei logo. abraços e até...