LIBERDADE DOS VIVOS

Ganhei um par de sapatos

Quando alguém me viu descalço

Porém os meus pés grosseiros

Se recusaram a dar passos

Atrelei os dois calçados

E aos ombros pendurei

Continuei a caminhada

Até que em casa cheguei!

Lá, estando a admirar

O que não consegui usar

Fiz breve reflexão:

“Os meus pés eram dois vivos

Das pedras sentiam crivos

Mas não queriam prisão”!