AUTOPSICOGRAFIA

Quando jovem, não sabia sopesar os momentos
Seja quando precipitava a tristeza como granizo 
Ou quando soprava a brisa de um contentamento

Hoje tudo que paira sobre mim, sou indiferente
Observo, mas vivo à margem de todas as coisas
Na eterna mutação do meu pensamento

Estou, mas é como se me estivesse alheio
No obscuro campo em que falseio, a dor
Apenas dói, não muda meu comportamento

Logo desaparece tudo o que por mim passa
Se não passar, tampouco penetra a carapaça
Da realidade, que a todo instante, reinvento!
Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 07/12/2013
Reeditado em 13/10/2021
Código do texto: T4602087
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