" Prestando contas "

foi com este famoso soneto que um frade administrador de uma fazenda de gado na ilha de MARAJÓ ( BRASIL ) respondeu ao geral da ordem que o intimara a prestar contas em certo prazo de tempo, por lhe constar que ele as não tinha muito regulares.

Eis o soneto que tem a data de 1710.

Edição de Lopes e Cia em 1915 cidade do Porto Portugal

Autor Alberto Bessa.

Sem Titulo

O tempo de si mesmo pede conta

Porque chega da conta o breve tempo,

Mas quem gastou sem conta tanto tempo,

Como dará sem tempo tanta conta?

Não quer levar o tempo tempo em conta,

Pois conta se não faz de dar-se a tempo,

Quando só para a conta houvera tempo

Se na conta do tempo houvesse conta.

Que conta pode dar quem não tem tempo?

Em que tempo a dará quem não tem conta?

Que a quem a conta falta falta o tempo.

Agora sem ter tempo e sem ter conta,

Sabendo que hei de dar conta do tempo,

Vejo chegar o tempo de dar conta.

Alberto Bessa
Enviado por J R em 11/12/2013
Reeditado em 11/12/2013
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