Reconciliar

Cruzo os braços, espero o seu corpo,

reto ou torto nas linhas de um vento

qual tormento, na espinha, se morto,

mas um porto, se esmero, no assento.

Torna bento o que esqueço, se alinha

que sozinha na estante inda a quero.

Considero, um quadrante, em vizinha,

pois rainha a conheço e é mais vero,

que eu numero esta lavra, e errante,

vou cantante ao que sobra, e padeço.

Dá seu preço ou me cobra ou levante,

não me encante oh palavra no avesso.

Se mereço, em seus traços, desdobra;

se soçobra a um mormaço, apalavra...

Amargo
Enviado por Amargo em 12/12/2013
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