tenho a praia no sangue

tenho a praia no sangue

amanheço entre ondas

converso longamente

com o sal e com a brisa

e nos arrecifes ilumino

peixes plâncton e perais

onde a poesia se torna

naufrágio exílio da alma

tenho a praia no sangue

e transpiro a solidão

das ilhas das encostas das cavernas

onde o oceano coagula e germina

o início de toda vida

e o fim deste mundo

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 21/12/2013
Reeditado em 12/07/2015
Código do texto: T4620145
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