O POETA E A AMADA

Depois de alguns dias de chuva benéfica e mansa,

O Sertão da minha vida de repente ficou frio...

As nuvens nesse entardecer vão como um rio,

Que célere corre e desagua no mar da minha lembrança.

Na fímbria do horizonte relâmpagos prenunciam agora

Que talvez à noite volte a chover a cântaros novamente...

O coração deste poeta olha a chuva, e, melancolicamente,

Lembro-me de uma amada do passado, e o meu peito chora!

Há muitos anos, na chuva numa noite, este poeta e a amada...

Íamos felizes e alegremente molhados pela longa avenida...

Os pingos de chuva no rosto incessantemente como palavras de amor...

A minha motocicleta ia no embalo daquela emoção... Linda namorada!

Este poeta e a amada... Com prudência. Quanta coisa linda bem vivida!

Saudades daquele tempo! A minha amada era a mais meiga e bela flor!

Edimar Luz
Enviado por Edimar Luz em 22/12/2013
Reeditado em 25/12/2013
Código do texto: T4621919
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.