“Caçador”
(Luiz Henrique)

Miro à distância teus passos
Por vezes trôpegos, sem prumo
Deus Baco amparando teus braços
Nessa estrada de incerto rumo

Observo e espero pacientemente
Como um caçador à sua provável caça
Distante, silente e sorrateiramente
Nessa paixão unilateral que não passa

Emudeço, as palavras se calam
Treme-se de emoção o corpo, por inteiro
Só os olhos, traidores e renitentes, falam

Tal adolescente em seu amor primeiro
Que namora, sem que o saiba a amada:
Melhor manter-se amigo, a dela ser nada