Versos para morrer!

O meu peito inflado ressoa sem jeito...

No meio da mortandade do efeito...

Ali em meio à macumba da vida.

Eu rio da morte que vem...

E me afago o âmago, ouvindo bossa...

A nova, que me refaz em prantos...

Eu fujo da medíocre década...Que jaz...

No ano 2014, que assusta o capaz...

Ele faz da vida uma trama sem viço...

Um charco, ou lodo de desolação/arte.

E nebuloso é meu casto momento...

Eu vejo a grande ópera, ou Wood Allen...

Que chorando, não entende o século XXI...

E eu teço versos para morrer!

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 06/01/2014
Código do texto: T4639188
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