Soneto_número_2: Luto

Saudade doída, contorcida

da perda de um ente querido cujo corpo se conspurcou

vulto presente, amor extirpado de uma vida que nos abandonou.

Ferida da alma

que nunca acalma

sua refratária expiação.

Dor verdadeira

sem doença, ferimento ou lesão

que impõe a maneira

de viver uma atordoante solidão.

Sensação cujo tempo

é um poderoso unguento

que traz emancipação,

transmutando a combalida saudade no alento da resignação.

G_Bienenstein
Enviado por G_Bienenstein em 09/01/2014
Reeditado em 09/01/2014
Código do texto: T4642940
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