Funérea Maldição

Em solo de cinza e enxofre deste mal

Como num pranto da triste natureza

No crânio a pedir o incerto bem na beleza

No passo aguçava a vingança num punhal.

A meio-noite vejo tombar meu ancestral

Nuvem de procela na cova com tristeza

Numa reunião de bestas corruptas na mesa

Recordando os crimes da morte temporal.

Puseram depois nos frios ossos a esfacelar

Carniceiros sevos como louco a admirar.

Ouço um murmúrio e risos cada vez mais.

Os olhos cerrados e alternando os sinais

Olhemos a devagar putrefação desta criatura

Sombra do Hades a lhe imitar a postura.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 26/04/2007
Reeditado em 30/09/2008
Código do texto: T464559
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