Feral Praga

A melenas ao vento, o fitar na cidade

Sempre tenho pena desse saltimbanco

Esta silueta de velhaco e indigente manco

No seu desempenho lhe cabe mobilidade.

Anel de mérito na sua aresta de dores

Mortes e caixões, gritos, sombras e tranco

Assim o autor desta velha morta num banco

Pútreda carcaça a cheirar mal entre flores.

Esta maldita empáfia no alto dos sonhos

A alta nuvem dos demônios tristonhos

Desviam a lava da fronte morta e serena.

Neste cemitério em uma turba obscena

Como o diabo a rir de minha agonia imunda

Dando o deleite de uma carícia profunda.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 26/04/2007
Reeditado em 30/09/2008
Código do texto: T464582
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.