A MORTE
A cada passo meu, mais perto estou
Das velas, flores, choro e despedida
Por um caminho tortuoso eu vou
Em busca de, quem sabe, uma guarida.
A cada passo meu, mais perto estou...
Não há retorno depois da partida
Envelhecendo dia a dia eu vou...
Minha carne já quase apodrecida.
A vida é uma estrada sem volta
Às vezes suja, escura, feia e torta
Às vezes bela (ó mundo miserável)
Mesmo que eu viva uns duzentos anos
Não posso escapar de seus vis planos
A morte é fria, eterna e implacável.