SONETO DA REVOLTA.


Folhas que valsam no vento outonal,
o tenro chão batido a faz elegia,
serás um colchão para brisa matinal,
onde repousa toda minha nostalgia. 


Oh meu ipê desnudo e impoluto,
como doi ver a alma dos teus galhos,
revolto-me com o outono saxéo e astuto,
no íntimo de meu coração só retalhos.


Vamos abraçados retrucar o criador,
desta ululante estação cruel e umbrosa,
nosso grito ecoara como gigante desafiador.


Que  o universo ouvirá o nosso grito,
e esvairá essa minha imaginação brumosa,
a calma de vossa queda causou este agito.





 
Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 23/01/2014
Código do texto: T4662111
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