LUA HUMANA
Juliana Valis



Ah, breve lua que  se faz de humana,

Tu não sabes as dores de um coração,

Refém de amores na vertigem insana,

Viagem plana do que as cores são...



Lua, lua intrépida que se faz de luz,

E, assim, jaz no êxtase do delírio em cor,

Não sabes a dor que a própria vida induz,

Quimera tão rendida à espera de um amor...



Onde, assim, haverá felicidade ?

Se é que ela existe além dos devaneios,

De ilusão voraz que o mundo mesmo invade ?



Não há respostas , nem réquiens de certezas,

E talvez só as dúvidas sejam grandes meios

Para a transcendência das humanas, sós, tristezas...