Adeus meu canto

Adeus meu canto

Adeus meu canto, a minha musa é morta;

já vai distante o féretro e, bem triste,

minh'alma rude quase não resiste,

e nada neste mundo me conforta.

Ingrata, a vida cedo fecha a porta

e põe na minha face o dedo em riste.

Chora o poema, mas já não insiste

numa história de amor que pouco importa.

Pouco importa, meu verso está cansado

de ser severamente maltratado,

pagar por crimes que não cometeu.

Sigo e talvez um dia em minha estrada,

alguém diga: - Poeta eis a sonhada

inspiração que Deus lhe prometeu.

Gilson Faustino Maia

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 16/02/2014
Código do texto: T4693184
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