soneto das sete sílabas exatas
na curva da luz quando
o vento quebra a voz
e nos olhos incide
meio do céu azul azuis
(pássaros voando sós)
e os cristais retinem
ao toque da música
que nossos corpos fazem
quando na distancia vem
o tempo bem próximo
e flores do sonho são
reais na claridade que
se deita no quarto em
que nos deitamos ontem
salvador 29/5/1984