_- Estrada das Cantilenas -_

E os traços, estrada das cantilenas, bruxuleiam ao sabor da luz

E as artérias, que a origem compõe, palpitam ante o sentimento

A menina, brejeira e lacônica, já não sabe o que lhe seduz

O fole, cansado do fogo, traduz a lufada em lamento

Seca-te ó injúria, não macules as férteis terras

Se é do verde a esperança, a vida iremos arar

O olhar, incisivo e arguto, extingue as velhas guerras

Passos firmes e resolutos, nos impedem de parar

Ante o medo somos fortes, construamos a nossa fogueira

Pois no crepitar luminoso, percebemos que a sombra se esgueira

O pilar que nos sustenta, é a certeza da transformação

Se o dia se decompõe em noite

Presumo que o tempo é mero açoite

E tem a vida como embrião

Leonardo Borges
Enviado por Leonardo Borges em 26/02/2014
Código do texto: T4706685
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