UM VERSO À ITALIANA.
Sonhava que acordava, mas sonhando,
em meio a uma bazófia eu pude ouvi-la,
e ouvindo a voz da noite tão tranqüila
fui logo a sua renda entrelaçando.
Bordava algumas letras, divagando
que estrelas só namoram com pupilas,
o olhar me fez querer já possuí-las,
e um verso com desejo foi brotando.
Meus olhos cortejavam com o brilho,
e a estrela coruscava num nirvana
trazendo a inspiração de um estribilho.
As letras se tornaram espadanas,
e o facho desse amor gerou um filho
chamado de soneto a “la italiana”.