Dores de Palhaço

Quando ponho no rosto o meu disfarce,

Homiziando as refregas já vividas,

Refazendo assepsias nas feridas,

Não mudo o coração e sim a face.

Por mais belos os traços que eu os trace,

Para dissimular dores sentidas,

Parece-me que as faço mais compridas

E outra agonia a cada instante nasce.

A ninguém interessa as minha dores,

Há quem pense que em mim tudo são flores

de um jardim babilônico qualquer...

Sofro tanto por um amor distante,

Com este coração, vezes infante

E dizem ladrão ser eu de mulher !

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 05/03/2014
Reeditado em 01/03/2015
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