Mais um caminho

Da minha vida sou autor

Desenho meus traços sem compasso

Não escondo os meus medos, convivo com a dor

Mas eu tenho segredos, não faço descaso

Se tropeço nos erros, eu fico descalço

Com os pés no chão, aventurando conforto

Desprotegido no tempo, destino escasso

Sigo na contramão, como um bêbado louco

Chorando aos prantos, pedindo consolo

Arrependimento inútil de criança infeliz

Como o tempo morto do passado indisposto

Descansando os ânimos na sexta, no sábado

Uma noitada é válida para um pretérito feliz

Um boêmio sábio, um poeta safo.