Catarse

Será que deveria revelar meu disfarce,

Expor de cara lavada meus dotes tímidos?

Talvez assustasse meu medo e a catarse

Que escondo atrás desses gestos insípidos.

Delicadeza de palavras morrem à míngua,

Onde a presença nem sempre se nota.

Sobra hipocrisia quando falta papas à língua;

Circo e platéia para o bobo da moda.

Não vale um tostão a vaidade da verdade,

Só há mesmo escombros na realidade,

Que vale tão menos que a sinceridade...

Pois que morra como nasceu o segredo;

Forte e imbatível como um rochedo,

Hoje não faz mais sentido tanto medo.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 02/05/2007
Código do texto: T472324
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