Equívoco

Do ocluso ocaso orbita, dum acaso,

A vela acesa em hiperbóreos meus

De desejos velados, veste deus

Que quebra, esmaga e come o próprio vaso.

Vaso velho, vestido de Vestais

Vitrificadas nesta veste viva,

Que se esboça, se esconde e sempre esquiva,

Lânguida, nas latentes laterais

Dos desejos que rondam esta boca

Que oscila, esmaga, esconde, escorre e escapa.

Um estrangeiro volta em dor, sufoca,

Estremece, edifica e estabelece

Cada sanguínea tessitura, etapa

Por etapa naquela estranha messe.

Daniel Tomaz Wachowicz
Enviado por Daniel Tomaz Wachowicz em 14/03/2014
Código do texto: T4728236
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