Nascer do Sol

Flutua sobre brandas águas uma canoa

Vejo raramente suas formas vagas

A densa névoa Cobre-lhe a proa

Semelha uma moça em íntimas anáguas

O chapéu de grandes abas desabadas

Esconde o bateleiro a sôfrega face

Deslizas tranquilo pelas águas espelhadas

Donde ao Acaso o sol nasce

Vagaroso, encosta às margens do cais

Sua força serena faz valsar os remos

Solta suspiros a triste gaita marítima

Águas que se vão, não voltam mais...

Gaivotas em bando levam lembranças

Em revoada, voltam nas asas da saudade...

Camila Arruda
Enviado por Camila Arruda em 15/03/2014
Reeditado em 15/03/2014
Código do texto: T4730233
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