RECONSTRUÇÃO

A paz que habita em mim, decerto é tua

Que me despiu de tantas vestimentas

Pesadas e velhas, de tolas tormentas

Que pôs-me assim, completamente nua

Abandonaram minh'alma os torpes medos

Deixaram meus dias, as manhãs cinzentas

Fugiu, covarde, tudo que acorrenta

As tantas bobagens, os bobos segredos

Pois agora eu tenho asas e voo alto

E se duvidas de mim, a ti ressalto

Que são as asas de uma mulher sedenta

Que se atirou no vendaval de um louco amor

E que, em piruetas, enfim se acomodou

Na doce paz, que só o amor inventa...

Rio de Janeiro, 28/02/14, 07:55 hrs.