Soneto da aspiração à liberdade

Soturna sina! Meu céu enegrece na bastilha

Opressão silvestre do carrasco que me encilha

Dias contados tenho, face à pena da guilhotina

De tão abstêmio a consagrada vida libertina

Bênção etérea!o voo livre anseio aprender

Renascer em fênix das cinzas do calvário

Ao ar puro dos montes desejo ascender

Pois o pendão da redenção trago no relicário

Das asas da metamorfose então sublimar

Nos cumes andinos pousar em novo nicho

Longe das cortinas de ferro onde sou bicho

Nas flechas do acaso, próprio milagre alado

Ser a ave continental de pulmão invejado

Na leveza das nuvens o espírito repousar

Alex Melloh
Enviado por Alex Melloh em 18/03/2014
Código do texto: T4734448
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