Pranto de outono
 
Outono. Abro a alma defronte à janela;
Miro a rua silenciosa e absorta
Choro as folhas castanhas e amarelas
A voarem c’o vento que me conforta.
 
Tal qual os versos da imortal “ Florbela”
Clamo: oh,outono vem!... Desfolha-me e exorta
Meu amor a beijar-me e nessa aquarela
Que eu seja o chão onde teu corpo se aporta.
 
O choro das saudades” cai e me exporta
Aos ventos e folhas... triste aquarela!...
Outono vem!... Pinta-me nova tela.
 
Vulvas claridades” é o que me importa
Pra renovar a natureza morta;
Outono vem!... Sem o pranto e querela...
 
 


( Inspirado no soneto “ Outono” de Florbela Espanca )







Salve o outono! A estação do ano que mais amo. Nesse exato momento ele chega com uma cara diferente. Sem o tradicional friozinho e o vento. O tempo ainda está com cara de verão. Um calor de matar. Mas esse ano o outono me encontrou triste e estressada. Aqui em minha sauna( sala de escritório) recebo o outono com um certo desapontamento. Sinto falta do friozinho e do vento a me trazer inspirações poéticas. O que postei são inspirações ainda do ano passado. O ar está quente e parado e por sinal meu cérebro também.  Mas tudo bem. Creio que logo ficarei bem. Abraços a meus amados recantistas que tenho, de certa forma deixado de visitar. Mas é só por um tempo. Por favor não se esqueçam de mim. Vocês são minha vida. Abraços e até...


 

( Imagem: google)