Poema premiado no 7º Festival Internacional de Sonetos da Academia Jacarehyense de Letras – SP (2013)
Jacareí-SP



Renascença

Este verso que corre em minhas veias
Se mistura ao meu sangue de poeta,
Mas em vão, em meu ser, procura a seta
Lançada nas palavras devaneias.
 
Não mais vivas estão, porém amei-as,
Inspirações primeiras: alfa, beta...
Há muito não há mais aquele atleta
Que sonetos riscava de mãos cheias.
 
Arfa a mente caduca em descompasso,
Pois lhe faltam estrofes cristalinas,
E se escondem atrás destas cortinas
 
Velhas rimas que então já não as faço.
Mas, se ser poeta é pena de Deus,
Que deste verso nasçam outros eus...