Soneto do Desencontro Amoroso

O amor ascendente em decadência,

Faz-se crescente em meio à distância,

E em juras de extrema complacência,

Libertam-me da suja ganância.

Desvinculo-me do sentimento,

Escurecendo em pleno desamor,

A penumbra do vazio de dentro:

Profetiza a putrefação do amor.

Sentimento julgado perene,

Perece sobre uma linha tênue,

No excesso ao qual foi submetido.

Não te dando um espaço ou alívio,

E aos poucos me encontro sem rumo,

Em doença! Não sei se me acostumo.